Neste domingo é comemorado o Dia Nacional de Doação de Órgãos e Tecidos. A data foi criada para chamar atenção das pessoas para a importância desta ação, que apesar de ter o poder de salvar muitas vidas, ainda é pouco difundida no Brasil. Um estudo da Universidade Federal de São Paulo (Unifesp) identificou três motivos principais para a alta taxa de recusa familiar para a doação de órgãos: incompreensão da morte encefálica, falta de preparo da equipe para fazer a comunicação sobre a morte e religião.
Como são feitos os transplantes
O transplante é um procedimento cirúrgico que consiste na reposição de um órgão ou tecido de uma pessoa doente, por outro órgão ou tecido saudável de um doador. Os órgãos podem ser doados em casos de morte cerebral, quando a atividade cardíaca é preservada, respeitando um limite de tempo.
Ao morrer, uma única pessoa pode doar rins, coração, pulmão, pâncreas, fígado e intestino, além de tecidos como córneas, ossos, músculos e até pele. Depois que a doação é efetivada, a Central de Transplantes do Estado é comunicada, e seleciona os receptores mais compatíveis em sua lista de espera.
Pessoas vivas também podem ser doadoras, desde que se trate de órgãos duplos, e que o doador possa levar uma vida normal após o transplante. É o que acontece com órgãos como rins ou pulmões, e também com a medula óssea.
Como ser um doador de órgãos
Qualquer pessoa maior de idade pode doar órgãos a seus familiares, desde que, é claro, seja compatível. Para realizar a doação a não aparentados, é preciso ter uma autorização judicial prévia.
Para a doação de medula óssea, existe um cadastro nacional chamado REDOME. Para se inscrever, é preciso colher uma amostra de sangue em bancos especializados e preencher uma ficha com seus dados. Assim, você poderá ser chamado quando houver um receptor compatível.
Nos casos de morte, apenas parentes de primeiro grau podem autorizar a doação de órgãos. A legislação em vigor determina que a informação de “doador” ou “não doador” de órgãos, registrada no documento de identidade, não tem mais validade. Por isso, se você deseja ser um doador, comunique essa vontade aos seus familiares mesmo antes de haver qualquer doença. Doe seus órgãos e ajude a salvar vidas!