Estamos no Janeiro Roxo, mês de conscientização sobre a Hanseníase. Por isso, nada melhor do que falar sobre essa doença que, apesar de muito conhecida, ainda envolve muitos tabus e preconceitos.
O que é Hanseníase
A Hanseníase é uma das doenças mais antigas registradas na História. Ela consiste em uma infecção bacteriana crônica e progressiva, e é causada pela bactéria Mycobacterium leprae, que afeta principalmente os nervos das extremidades, a pele, o revestimento do nariz e o trato respiratório superior.
A Hanseníase produz úlceras na pele, danos nos nervos e fraqueza muscular, e se não for tratada, pode deixar sequelas. A doença ainda é comum em muitos países, especialmente naqueles com climas tropicais ou ou subtropicais.
Quais são os sintomas da hanseníase?
Os principais sintomas da hanseníase incluem:
- Fraqueza muscular;
- Dormência nas mãos, braços, pés e pernas;
- Lesões de pele.
As lesões cutâneas resultam em diminuição da sensibilidade ao toque, temperatura ou dor, e não cicatrizam, mesmo depois de várias semanas. Essas manchas podem ser esbranquiçadas ou avermelhadas, devido à inflamação.
Prevenção e tratamento
A Hanseníase se propaga por meio do contato com as secreções da mucosa de uma pessoa infectada, quando ela tosse ou espirra, por exemplo. O risco de contágio não é considerado alto, mas o contato próximo e recorrente com uma pessoa não tratada pode levar ao desenvolvimento da doença.
A bactéria responsável pela Hanseníase se multiplica muito lentamente. Por isso, o período médio de incubação (tempo entre a infecção e o aparecimento dos primeiros sintomas) é de cerca de cinco anos, mas de acordo com a OMS, pode chegar a até 20 nanos.
O diagnóstico é feito por meio da observação dos sintomas e da biópsia de parte da área afetada, e o tratamento, com antibióticos específicos e anti-inflamatórios disponíveis gratuitamente no Sistema Único de Saúde (SUS).
A melhor maneira de prevenir a hanseníase é evitar o contato próximo e prolongado com uma pessoa não tratada que tenha a infecção. Quanto antes o diagnóstico for feito e se iniciar o tratamento, menores os riscos de desenvolver sequelas. Por isso, fique de olho e, caso note qualquer alteração na pele, procure um médico!