Em 1906, o médico alemão Dr. Alois Alzheimer descreveu pela primeira vez “uma doença peculiar”, caracterizada pela profunda perda de memória e alterações microscópicas do cérebro. Hoje, a Doença de Alzheimer é uma das mais estudadas no mundo, e cada avanço nas pesquisas traz a esperança de novos tratamentos.
O que é a Doença de Alzheimer
Muita gente acha que o Alzheimer faz parte do processo normal de envelhecimento, mas isso não é verdade. A idade, de fato, é um fator de risco – a maioria das pessoas com Alzheimer tem 65 anos ou mais – mas o Alzheimer não é apenas uma doença da velhice, e em algumas pessoas pode se manifestar precocemente.
O Alzheimer é uma doença progressiva, em que os sintomas de demência pioram gradualmente ao longo dos anos. Em seus estágios iniciais, a perda de memória é leve, mas em estágio avançado, os indivíduos perdem a capacidade de manter uma conversa e responder ao ambiente. Em média, uma pessoa com Alzheimer vive de quatro a oito anos após o diagnóstico, mas pode viver até 20 anos, dependendo de outros fatores.
Atualmente, a Doença de Alzheimer não tem cura, mas existem tratamentos que podem retardar temporariamente o agravamento dos sintomas de demência e melhorar a qualidade de vida dos pacientes e de seus cuidadores.
Sintomas
Assim como o resto do corpo, o cérebro também muda à medida que envelhece. Com a idade, a maioria de nós acaba ficando com o raciocínio mais lento, tendo problemas ocasionais para lembrar de certas coisas. No entanto, graves perdas de memória, confusão e outras mudanças importantes na maneira como nossas mentes funcionam podem ser um sinal de que as células cerebrais estão falhando.
O Alzheimer afeta a memória, o pensamento e o comportamento, e é responsável por 60 a 80% dos casos de demência. Os sintomas eventualmente se tornam graves o suficiente para interferir nas tarefas diárias.
O sinal inicial mais comum da doença de Alzheimer é a dificuldade de lembrar informações recém-aprendidas, porque as alterações celulares geralmente começam na parte do cérebro que afeta o aprendizado. Conforme o Alzheimer avança no cérebro, ele leva a sintomas cada vez mais graves, incluindo desorientação; mudanças de humor e de comportamento; confusão sobre eventos, tempo e lugar; suspeitas infundadas sobre família, amigos e cuidadores profissionais; perda de memória mais séria e dificuldade em falar, engolir e andar.
Qualquer pessoa que apresentar sintomas semelhantes deve consultar um médico o mais rápido possível. É importante que os familiares de pessoas com Alzheimer também busquem apoio psicológico, já que a rotina com o paciente dentro de casa pode ser extremamente desgastante.
